segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO

Texto: 2 Co.5.14,15, 17-21

INTRODUÇÃO

O grande homem chamado de Paulo, nós ensina através dessa lição, um grande ministério; da reconciliação.
Rm. 3.23 “ Por que todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus.
O Homem se tornou inimigo de Deus por causa do pecado, chamado de pecado original ou pecado de Adão.
Tiago escreve
4 Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus TIAGO (cap. 4.4)•

Logo então Deus em Cristo reconciliou o homem com sigo mesmo através do sacrifício vicário na Cruz do Calvário.
Conciliação em Novo Testamento, significa restabelecimento de um relacionamento intimo. Foi exatamente isso que o homem perdeu quando caiu em pecado; perdeu seu relacionamento intimo com Deus.

I. A VIDA PRESENTE E A FUTURA

1.Confiança doutrinaria de Paulo
Paulo não apela para experiência humana, mas para a revelação de Cristo em seu coração ao ponto dele (Paulo) dizer se alguém está em Cristo nova criatura é (2Co 5.17). Porem, isso só era possível através da reconciliação do homem com Deus.
A confiança de Paulo era tanto que mesmo diante das diversidades, não temia a morte .
Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.( Fp. 1.21)
Todas as diversidades enfrentada por Paulo e vencidas, estavam baseadas nessa confiança doutrinaria da reconciliação com Deus.

2. Paulo anela pela vida além-túmulo.
Isso parece antagônico a natureza humana que tem medo da morte. Paulo reconhecia que essa vida era transitória e passageira, e que o corruptível se revestiria da incorruptível.
Ele passa a comparar esse corpo com tabernáculo, uma habitação temporária para esse corpo habitar no mundo.

E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (Jo 14.3)
A convicção de Paulo na vida além-túmulo deve também ser a nossa. As palavras de João 14.3, nos aviva a esperança da vida eterna.
Ainda que muitas vezes gemendo, chorando ou passando por lutas, calunias e provações, devemo-nos alegrar na esperança da glória que nos espera.


3. O tribunal de Cristo para todos os crentes. (2 Co 5.7-10)

Paulo, agora, sai do cenário humano e volta se para o cenário espiritual e glorioso, alicerçado na fé pela que dá ao crente em Jesus a esperança de ser galardoado, pelo modo que viveu para agradar ao Senhor.
Ele adentra aos portais além tumulo que acontecerá com o arrebatamento da igreja, ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos a encontrar com o Senhor nos ares para estarmos no tribunal de Cristo.
No tribunal de Cristo, não haverá julgamento de pecado, por que os que lá chegarão serão somente os salvos reconciliados com Deus. Logo esse Tribunal será para avaliação do nosso trabalho prestado ao Senhor e a sua obra enquanto aqui vivíamos.
Segundo alguns entendidos, esse julgamento não será no céu e também não será na terra, mas sim. Nos ares.
É muito interessante observarmos os costumes do povo Judeu:
O povo judeu, antes de levar alguém para o interior da casa, para sala principal, geralmente recebia a pessoa no pórtico .
Isso está bem claro no livro de JOEL cap. 2-17: “ Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar...”.
Para que houvesse resposta de Deus a nação de Israel no tempo de Joel, os sacerdotes foram convidados para estar entre o pórtico ou alpendre e o altar, antes de adentrarem ao templo, por que eles estavam ruína espiritual.
Assim, podemos afirmar que o julgamento ser no alpendre de Deus (nos ares), para depois nos levar a sala do banquete.
“ Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor”. (Ct. 2.4)
Os anjos recolherão os fieis dos quatro cantos da terra e entregará ao Senhor nos ares. Eu tenho aqui uma imaginação própria, que o Senhor Jesus vai nos saudar um a um, dizem: bem vindo, bem vindo, bem vindo. Aleluia, aleluia, aleluia. Hó que esperança gloriosa que Paulo tinha, e deve ser a minha e a sua esperança.

II. O AMOR DE CRISTO CONTRANSGE E TRANSFORMA

(2 Co 5.11-17)
1. A força da persuasão fé em Cristo.
Paulo nos versículos acima lança mão de duas pilastras que é base de toda a fé cristão baseado nesta aula sobre a reconciliação

O Temor do Senhor:
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre. (Sl 111.10)
O Conceito de temor apresentado por Paulo, não se refere ao medo ou susto, conforme nos diz os dicionários. O temor do Senhor consiste em odiar o mal. Veja o que diz Provérbios 15.16 “ Melhor é o pouco como temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação(falta de sossego, agitação)”
O Temor do Senhor é algo necessário como parte da adoração ao Senhor – (Sl. 5.7). Mas eu entrarei em tua casa pela grandeza de tua benignidade; e em teu temor me inclinarei para o Teu Santo Templo”.

O amor a Cristo: A base do cristianismo está no amor. Amor que nos levar a pregar o evangelho de Cristo. Processo pelo qual o pecador passa odiar o mundo e amar a Deus. Assim, o que produz temor, não é obediência sega e absoluta, mas submissão por amor e temor.

A maior motivação que Paulo tinha para pregar no evangelho estava baseado no amor de Cristo.
Baseado nesse principio, Paulo deixa de lado a sua autor-recomendação, mas advertindo os irmãos quanto aos opositores que avançavam contra a igreja de Corinto.
Todo fazer da vida de Paulo estava baseado no amor de Cristo, porque Cristo nos amou primeiro, embora sendo nós ainda pecadores, e disso Paulo conhecia muito bem.

É interessante observarmos que toda transformação operada em nós, não resultado de nosso amor para com Cristo, mas ao contrario; Cristo nos amou primeiro.


III. O MINSTERIO DA RECONCILIAÇÃO


O verbo Gr. Katallassõ, nos fornece idéia de uma troca de inimizade por uma relação pacífica. O evangelista Mateus nos deixa bem claro essa troca:

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. (MT 11.29)

O fardo do pecado faz inimizade entre o homem e Deus. Jesus então convidou a fazer a troca do fardo pesado por fardo leve e suave.
Nesse sentido Deus em Cristo estava anistiando o pecado do homem e assumido a culpa através de sua morte vicária. Vamos ver o que diz Isaias:

Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu (Is 53.12)

Paulo se tornou um representante do ministério de reconciliação, deixando também para nós esse legado de responsabilidade quando a missão que recebemos do Senhor em sermos portador da mensagem de boas novas que reconcilia o mais vil pecador com o seu Senhor e Salvador


CONCLUSÃO

Ao finalizarmos, deixamos aqui a nossa a nossa alerta; Que evangelho estamos pregando; um evangelho fácil e sem compromisso, ou estamos pregando o evangelho que reconcilia o homem com Deus?
Paulo combateu seus opositores que apresentavam um evangelho divorciado daquele que Jesus ensinou. Seus opositores baseavam suas mensagens em filosofia antigas de velhas paginas gastas, remontando as fabulas que não tinha nenhum fim, mas apenas sabedoria humana (gnóstico).
Tenham todos, uma excelente aula.

Pb. Jaime Bergamim
Bacharel em Teologia
Pedagogo
Mestrado em Psicologia Pastoral

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